Eu tenho um abraço do tamanho do mundo.

Maior abraço do mundo

Ele entrou no ônibus, e foi logo se ajeitando lá no fundo. Assentou-se na última poltrona, e ficou a observar tudo dentro do veículo.
Começou a mexer na gola da camisa, como quem está sentindo muito calor, assoprando ar para dentro do peito. Eram visíveis as gotas de suor em seu rosto.
De repente, como se fosse um filme de ficção científica, ele estica o seu braço, até o meio do ônibus, e abre aquela janela do teto, tipo alçapão. Seu braço volta ao tamanho normal, para em seguida abrir uma janela próxima ao cobrador do ônibus. Todos olham arregalados, perplexos. Ele dá um sorrisinho meio sem graça, aproveita e faz com as mãos, um sambinha sobre a caixa de dinheiro do cobrador; e encolhe seu braço rapidamente.
Muitos se levantam dos seus lugares, ficam estáticos, paralisados. Uma senhora com um chapéu com flores lhe pergunta como eles podem estar vendo isso! Que isso não pode estar acontecendo!
E ele fez algo novamente improvável; esticou uma das orelhas até próxima da vovozinha, e lhe pergunta, o que foi que ela disse mesmo. Ela simplesmente desabou, desmaiou.
Muitos passageiros a acudiram, outros olharam com sobrancelhas eriçadas para o estranho homem. Outros ainda quiseram agredi-lo. Ele se levantou. Pediu desculpas. Disse que era um ilusionista; que era de um circo, fazia participações em convenções, e que tudo o que acontecera ali não passava de uma hipnose coletiva. Que isso que eles o viram fazer nunca poderia e nem vai acontecer.
Pediu mais desculpas ainda, e por cima distribuiu ingressos para um espetáculo de um grande circo que estava na cidade. Circo esse que ele fazia parte, segundo o próprio. Todos respiraram aliviados; e a paz retoma dentro daquele ônibus.
Mais alguns quilômetros e o estranho passageiro desce; enquanto o ônibus segue seu caminho.
Já na rua, o estranho olha para o seu relógio, caminha alguns passos, e sem perceber deixa a carteira cair.
Na sequência leva as mãos ao bolso, sentindo a sua falta, mas já a vendo há alguns metros atrás.
Olha para os lados, percebe que ninguém o observa; então estica seu braço como havia feito no ônibus, pega a carteira, recolhe o braço, e a recoloca em seu bolso.
Olha novamente para os lados e segue seu caminho.

Dúvidas, insônia, dúvidas…

mkiojo1
Eu poderia comer um miojo agora!
Claro, fácil de fazer.
Eu poderia ligar o rádio e colocar o
volume no ¨talo¨, num som que eu gosto!
Claro, simples com o controle remoto.
Mas eu prefiro não me envolver
com essas coisas…
Afinal de contas, miojo tem muito sal,
e ouvir música alta de madrugada ¨dᨠcadeia!
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